Como a bolha da internet engoliu o cinema?

(imagem/Warner Bros)

Desde o dia em que Liga da Justiça estreou, os fãs ardorosos da DC pedem o lançamento da versão do diretor. Afastado da cadeira de comando após uma tragédia familiar, Zack Snyder viu seu filme ser finalizado (e não refilmado) com cenas adicionais por Joss Whedon, cineasta que chegou após executivos estarem insatisfeitos com a visão de Snyder para o filme que continuaria a história de Batman vs Superman. Em outros anos, a troca e a ingerência dos produtores na obra final seria dada como lenda urbana ou fato comum nos corredores de Hollywood. Hoje, porém, na era de filmes de herói e com uma internet dando voz a todo tipo de fã, este caso não seria deixado de lado.

A Warner, que tanto apoiou a versão de Whedon e sempre negou a versão de Snyder, anunciou ao lado do diretor o lançamento de um “novo” Liga da Justiça em seu vindouro serviço de streaming, o HBO Max (no Brasil em 2021). Ironias à parte, a atitude mostra como os executivos de Hollywood cada vez mais se rendem aos algoritmos da internet para buscar o sucesso, ainda que ele seja medido dentro das inúmeras bolhas que existem no mundo digital. E não se discute aqui se a versão de Snyder é melhor, pior ou merece ser lançada. De antemão, dá pra dizer que para qualquer profissional é frustrante ter sua obra final negada, ainda que isso seja mais do que comum em muitos ambientes de trabalho. 

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Desde os primeiros dias do Universo DC (Homem de Aço, Esquadrão Suicida e outros) no cinema, os executivos se mostram mais do que sensíveis aos pedidos de (alguns) fãs, ao mesmo tempo que não conseguem se livrar do claro objetivo dessas obras: o lucro. O primeiro filme do Superman nas mãos de Snyder teve reações divididas, mas desempenho razoável na bilheteria. O suficiente para a Warner deixar nas mãos dele o futuro de toda a equipe de heróis. O problema foi que, já em Batman v Superman (sequência de Homem de Aço), a visão “sombria” do diretor sofreu críticas de parte do público, seja ele fã ou não. Não à toa, o próprio embate dos heróis tem uma “versão do diretor” pública. 

Fato é que, após lançado, o filme teve desempenho abaixo do esperado e dividiu ainda mais a audiência. Foi o argumento final para que os executivos voltassem os ponteiros para o lucro e começassem a tolher a proposta aceita por eles meses antes. O primeiro prejudicado foi David Ayer, diretor de Esquadrão Suicida, que viu seu filme ser completamente modificado após exibição para o estúdio. Eis que Liga da Justiça, planejado para ser um filme em duas partes, como já sabemos se transformou no objeto de experiência da Warner para retomar a bilheteria e o prestígio que aqueles heróis perderam ao longo dos anos – algo potencializado pela Marvel e seus Vingadores explodindo na bilheteria.

A rendição da Warner aos fãs que pediram a versão de Snyder (que nunca fez questão de esconder esse desejo também) é só mais uma constatação do poder dos fãs e da internet em Hollywood. E como toda influência, ela vem com diferentes pesos, todos eles já comprovados. Deadpool é um bom exemplo, já que o vazamento de um vídeo-teste e a campanha online por Ryan Reynolds assumir o papel trouxe liberdade criativa sem precedentes. Star Wars foi pelo caminho oposto e entrou na bolha que fez Episódio IX ser um remendo que destrói o legado da franquia. É como se os produtores engravatados usassem os argumentos do Twitter para decidir o direcionamento de uma produção. “A internet pediu, nós fazemos.”

A diferença deste momento para outras épocas em Hollywood, que é moldada por pesquisas e bilheterias desde sempre, é como a internet potencializa discursos tendenciosos e tira de proporção qualquer opinião, seja ela individual ou de um grupo. Uma pessoa pode ter o poder de um milhão, um grupo de milhares pode não ter um segundo de atenção. E cabe, pelo bem da indústria e da justa preservação da visão artística, uma busca pelo equilíbrio na hora de navegar pelos Trending Topics. 

Estúdios como a Marvel e Netflix entenderam isso há anos, e moldam seus filmes e campanhas a partir disso. Outros ainda precisam compreender que o frisson da timeline, às vezes, é como uma manchete chamativa, mas fugaz. No dia seguinte, nem mesmo os que espumam de raiva por uma decisão vão se lembrar do que escreveram, pois seguem o fluxo direcionado pela manada. E isso independe do sucesso ou fracasso da versão de Snyder, que até ser lançada será só mais uma peça publicitária da Warner – um estúdio que mesmo tendo anunciado um novo Batman, um reboot do Esquadrão e outro Coringa, decidiu voltar ao passado para, teoricamente, agradar aos fãs.

Thanos Vence

marvel comics/foto

HQ brinca com Thanos, levando o Titã Louco ao extremo

O núcleo cósmico da Marvel é sem dúvida um dos pontos mais complexos de seu universo e, portanto, um dos menos convidativos para os novos leitores. Nos últimos anos a editora se dedicou a produzir tanto histórias que possam expandir sua mitologia quanto aventuras que servem como ponto de partida para uma nova audiência. Para Thanos Vence, a Casa das Ideias recrutou uma equipe de jovens talentos que soube estabelecer um equilíbrio perfeito entre honrar o legado do personagem e abrir as portas para iniciantes com um enredo simples e imersivo.

Enquanto promove mais um de seus rotineiros massacres pela galáxia, Thanos é levado para milhares de anos no futuro por uma versão mais velha de si mesmo. Ao chegar nesse tempo, o Titã Louco descobre que está destinado a erradicar toda a vida no universo, com exceção de um último e poderoso inimigo. Para derrotá-lo, o agora Rei Thanos recorre à sua versão mais jovem em busca de reforço para atingir seu objetivo e finalmente conquistar a Senhora Morte.

Já é fato que a onda de criar histórias sombrias e realistas tenha se espalhado por todos os lados da indústria dos quadrinhos. Entretanto, Thanos Vence foge da conveniência de trazer apenas morte e caos como ingredientes para uma história do vilão. Isso não significa que a violência foi deixada de lado, já que a HQ parte do princípio de que o Titã Louco aniquilou praticamente todo o seu Universo, mas o roteiro é inteligente e consegue enxergá-lo além da perspectiva de genocida galáctico.

Em Thanos Vence, Geoff Shaw repete a parceria com Cates, estabelecida na HQ God Country, e transmite a grandiosidade que o roteiro propõe com um trabalho artístico vistoso, combinando uma agilidade narrativa com páginas duplas catárticas, ampliando o poder de momentos-chave com uma impressionante riqueza nos detalhes.

Ambientada em um futuro possível, por diversas vezes Thanos Vence remete a O que Aconteceria Se… (What If? no original), HQs publicadas pela Casa das Ideias cujo mote consiste em imaginar o Universo Marvel com mudanças pontuais. Esse conceito é aproveitado em diversos momentos, especialmente na criação de novos personagens que só poderiam aparecer em uma linha do tempo alternativa, como o Motoqueiro Fantasma Cósmico. Inicialmente um mero ajudante do Rei Thanos, o personagem rouba a cena por diversas vezes graças à sua bizarrice, fazendo sucesso a ponto de ganhar sua própria revista.

Thanos Vence se tornou o ponto de partida da jornada de Donny Cates através de quadrinhos cósmicos na Marvel. A partir dessa HQ, o roteirista escreveu o derivado Motoqueiro Fantasma Cósmico, assumiu o título dos Guardiões da Galáxia e por fim completará o ciclo na minissérie Silver Surfer: Black. Levando em consideração a paixão com que Cates escreve os personagens e sua coragem para introduzir ideias genuinamente novas, o futuro desse universo nunca pareceu tão promissor.

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